O foco não é a arte em si, mas a motricidade fina, a destreza dos dedos para que, mais adiante, a criança consiga criar letras e números. As atividades e as crianças possuem uma meta. Elas são instruídas a copiar, traçar linhas retas, seguir pontilhados, pintar dentro das linhas de um desenho já preparado com antecedência, copiar modelos prontos. Exercícios úteis para que elas sejam alfabetizadas – mas não estamos as educando em artes.
Quando aprendem a reproduzir imagens prontas, ela entende a mensagem de que há um certo e um errado no processo criativo, de que há obras de arte boas ou ruins de acordo com uma pequena lista de regras. Ninguém aprende, porém, quais as diferentes técnicas possíveis, a interpretação de acontecimentos ou sentimentos em imagens, a exploração da criatividade ou os vários espaços em que a arte pode se manifestar.
Esse é o nosso objetivo de ensinar arte às crianças: desenvolver o autoconhecimento, o senso crítico, a sensibilidade e a criatividade, habilidades que serão valiosas durante toda a vida adulta.